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COA-POA participa do Desafio Mundial da Natureza Urbana visitando o Parque Gabriel Knijnik

No dia 27 de abril de 2024, o clube de observadores de aves visitou o parque Gabriel Knijnik para uma atividade de observação de aves guiada por Augusto Potter e Lucas Nenes. O Desafio Mundial da Natureza Urbana é um evento em escala global que incentiva as pessoas a saírem nas ruas de grandes centros urbanos para registraram, seja por fotografia ou áudio, qualquer biodiversidade encontrada nas cidades, promovendo assim, uma atividade de ciência cidadã através da postagem dos registros na plataforma iNaturalist. O evento aconteceu entre os dias 26 a 29 de abril, o clube participou do desafio organizando uma atividade de observação no parque Gabriel Knijnik no dia 27. Confira abaixo um breve relato de como foi a observação.

Observação de Aves

Augusto, Lucas, Vanessa e Eduardo foram os primeiros membros do clube a chegarem no parque Gabriel Knijnik. Por volta das 8:15 Augusto e Lucas iniciaram a atividade de observação, o percurso inicial foi no entorno do estacionamento do parque. Durante esse percurso, poucas aves foram avistadas. O dia não se mostrava muito propício para a observação. O clima era relativamente frio, marcando temperatura de 22 graus célsius com vento intenso e céu totalmente encoberto. Mesmo assim foi possível observar algumas aves, como dois indivíduos de pica-pau-do-campo Colaptes campestris, pousados em uma árvore, e uma pomba-asa-branca Patagioenas picazuro, que vocalizava em meio aos eucaliptos da entrada do parque. Augusto, Lucas e Eduardo continuaram o percurso saindo do estacionamento e entrando em uma das trilhas do parque. Durante esse trajeto, poucas aves também foram avistadas. O trajeto foi curto, durante a caminhada o trajeto apresenta muitos bambuzais e levouos observadores para uma parte aberta envolta por mata preservada. Nessa parte aberta, apenas uma mariquita Setophaga pitiayumi apareceu, ela estava saltando entre os galhos de uma árvore seca enquanto emitia a sua vocalização. Lucas, então, aproveitou para ler as espécies de aves que ocorrem no parque registradas no livro “Guia Ilustrado das Aves dos Parques de Porto Alegre” de Márcio Efe. Lucas, durante a leitura, chegou a ressaltar a ocorrência de inhambuguaçu Crypturellus obsoletus no parque, porém a leitura foi interrompida pela chegada de um participante. André, funcionário da Prefeitura de Porto Alegre, havia chegado no parque e estava tentando encontrar o grupo para participar da atividade.

pica-pau-do-campo Colaptes campestris em meio a árvore no estacionamento do parque. Fotografia de Augusto Potter
Augusto Potter no momento de observação da mariquita Setophaga pitiayumi . Fotografia de Eduardo Korkiewicz
Lucas Nenes no momento da leitura das espécies. Fotografia de Eduardo Korkiewicz

Com Vanessa e André, o grupo continuo o percurso em outra trilha. Nessa trilha, foi possível observar e escutar mais espécies, como o pia-cobra Geothlypis aequinoctialis, sabiá-laranjeira Turdus rufiventris, sabiá-barranco Turdus leucomelas, pula-pula-assobiador Myiothlypis leucoblephara e borboletinha-do-mato Borboletinha-do-mato Phylloscartes ventralis . Ao final da trilha o grupo se deparou com o limite físico do parque, uma cerca que dividi o parque com o início de uma propriedade privada no alto do morro da Vila Nova. O grupo então, continuo o trajeto seguindo entre a divisa do parque e a propriedade. Durante esse percurso apenas se avistou dois indivíduos de caturrita Myiopsitta monachus.

Borboletinha-do-mato Phylloscartes ventralis Fotografia de Augusto Potter.
Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris. Fotografia de Augusto Potter

Ao final do trajeto os observadores chegaram no topo do morro da Vila Nova. O topo do morro de Vila Nova ainda mantém as muitas características da vegetação natural e dos ambientes encontrados nos morros de Porto Alegre. Os observadores passaram por áreas de matacão, campo com vassoural, observaram cactos nativos e muitas espécies de gramíneas, compondo um ambiente único e atrativo para espécies de aves. Infelizmente, por conta da invasão do pinus, o ambiente aos poucos vai se descaracterizando e perdendo espaço para uma planta invasora.

Observadores no topo do Morro Vila Nova. Fotografia de Vanessa Canabarro

No topo do morro foi possível escutar a vocalização de um inhambuguaçu Crypturellus obsoletus , gavião-carijó Rupornis magnirostris e joão-teneném Synallaxis spixi. Além disso, os observadores conseguiram ver um grupo com quase 10 indivíduos de anu-branco Guira guira. O grupo de anu-branco voava entre os pinus e alguns indivíduos ficavam na vegetação baixa, sempre com muita vocalização. Os observadores permaneceram por um longo tempo no topo do morro, alguns exploravam a área e outros permaneciam admirando a vista impecável dos prédios e construções de Porto Alegre.

anu-branco Guira guira. Fotografia de Augusto Potter.
Anu-branco Guira guira. Fotografia de Augusto Potter.

Após um tempo, mais integrantes chegaram para a atividade de observação. Agora com um grupo maior, os observadores permaneceram mais um tempo no topo do morro. No topo do morro o grupo encontrou outras duas pessoas fazendo trilha, que pararam e conversaram com os observadores. Passado um longo tempo, os observadores retornaram para o parque e seguiram observando. No parque a observação durou pouco tempo e apenas contou com um grupo a observação de um grupo de 4 indivíduos de caracarás, possivelmente dois filhotes com os seus pais.

Texto de Eduardo Rigodanzo Korkiewicz  

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