Saídas a Campo

PE do Espinilho 2017

Entre os dias 15 e 18 de junho de 2017, o Clube de Observadores de Aves de Porto Alegre (COA-POA) realizou sua quarta visita ao Parque Estadual do Espinilho (PEE), no município de Barra do Quaraí, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O PEE é uma Unidade de Conservação criada em 1975, com área de 1.617 ha. Algumas das áreas do parque, que ainda não foram regularizadas, são utilizadas para criação de gado pelos proprietários das terras. O parque possui uma formação vegetal única no Brasil, um tipo de savana, onde são encontrados remanescentes de algarrobo (Prosopis nigra), inhanduvá (Prosopis affinis), espinilho (Vachellia caven) e quebracho-branco (Aspidosperma quebrachoblanco). Além dessa vegetação exuberante e rara, o parque também abriga espécies de aves com distribuição muito restrita no Brasil, algumas das quais ocorrem em pouquíssimos locais além do parque, como o cardeal-amarelo (Gubernatrix cristata), o rabudinho (Leptasthenura platensis) e o corredor-crestudo (Coryphistera alaudina).

Esta excursão do COA-POA contou com a participação de 11 associados, um bom número se considerarmos a distância do PEE em relação a Porto Alegre, por exemplo. São 700 km de estrada para se chegar ao parque partindo da capital gaúcha, uma longa viagem, que leva cerca de 10 horas. No entanto, o esforço foi recompensado com a observação de muitas (e raras) espécies. Ao todo registramos 112 espécies de aves durante a presente excursão, considerando a área do parque e seu entorno. Dentre os registros mais expressivos podemos destacar o pica-pau-anão-barrado (Picumnus cirratus), espécie que foi registrada pela primeira vez no Rio Grande do Sul pelo COAPOA, em 2014, também no PEE (Santos et al. 2015); a marreca-asa-branca (Dendrocygna autumnalis) e o pato-de-crista (Sarkidiornis sylvicola), duas espécies de anatídeos (marrecas e afins) com poucos registros no Estado e que foram registradas pela primeira vez em saídas do COA-POA. Igualmente importante é salientar o registro dos “espinilheiros” típicos: cardeal-amarelo (G. cristata), rabudinho (L. platensis), corredor-crestudo (C. alaudina), picapauzinho-chorão (Veniliornis mixtus), ui-pí (Synallaxis albescens), entre outros. Também não podemos deixar de mencionar o banhado às margens da estrada Pai Passo, onde registramos nove espécies de anatídeos, três espécies de mergulhões e duas batuíras em um único lugar.

Relatório

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